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É hora de planejar a temporada 2023!

É hora de planejar a temporada 2023!
2022-08-23
Institucional

De acordo com o 11° Levantamento da Safra de Grão, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado pela Agência Brasil, a produção brasileira 2021/22 deverá ficar em 271,447 milhões de toneladas. O resultado, representará um crescimento de 15,9 milhões de toneladas (ou 6,2%) na comparação com a colheita registrada na safra 2020/21.
Com relação às culturas de primeira safra, com exceção do milho, todas as outras já estão colhidas. “As culturas de segunda safra estão com colheitas bastante adiantadas, e as de terceira safra, bem como as culturas de inverno, estão próximas da conclusão de plantio”, disse o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, ao anunciar os números, na última quinta-feira, dia 11. De acordo com a Conab, a colheita de milho deve chegar a 87,4 milhões de toneladas na safra 2021/22, das quais 25 milhões de toneladas são da primeira safra. A colheita do cereal, segunda safra, segue avançando e ultrapassa 79% da área plantada. “Se confirmado o volume estimado do grão, o valor representará a maior produção registrada na série histórica. Já as projeções para a primeira safra de soja, estimam uma produção de 124 milhões de toneladas. O resultado teve um certo reflexo, devido a severa estiagem ocorrida no final de 2021 no Sul do país e em parte de Mato Grosso do Sul.

Mudanças nos estoques

A Conab alterou também o quadro de suprimento da soja. Os estoques finais da oleaginosa foram ajustados para 7,66 milhões de toneladas, conforme indica a pesquisa de estoques divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento dos estoques finais da safra 2020/21 também acarretou expectativa de um maior estoque de passagem na safra 2021/22, saindo de 4,65 milhões de toneladas para 5,98 milhões de toneladas. Outra expectativa revisada para cima foi a de exportações de óleo de soja, para 2,1 milhões de toneladas. A alteração decorre das “fortes vendas” para o mercado externo entre janeiro e julho deste ano; dos elevados preços internacionais; e das margens de esmagamentos positivas.
No caso do milho, houve um “pequeno ajuste no consumo interno”, na comparação com o último levantamento. Também mereceu destaque da Conab o aumento de 80,2% das exportações do grão, com estimativa de que 37,5 milhões de toneladas sejam exportadas. Os estoques finais também tendem a aumentar em 25,3% na comparação com a safra anterior, o que indica a recomposição da disponibilidade interna do cereal ao fim do ano safra em curso.

Expectativa para a safra 2022/2023

A safra 2022/2023 segue com as incertezas globais sobre o fornecimento de insumos, especialmente fertilizantes, devido à guerra contra a Ucrânia e, por conta disso, o custo de produção deve subir quase 60%, estima o Imea. Além da alta do adubo, o aumento do preço de defensivos agrícolas e das sementes deve influenciar no crescimento dos gastos. As margens dos produtores deverão ficar mais apertadas, mas ainda serão positivas. A margem bruta, que era de 60% em 2021, deverá ser de 43% em 2022 e cairá para 30% em 2023, aponta a Cogo Inteligência em Agronegócio. O resultado poderá ser melhor se as cotações internacionais avançarem. A produção em 2022/2023 deverá ter um incremento comparado à safra atual. A melhoria da produtividade deverá garantir o crescimento do volume, bem como pequeno avanço da plantada. Embora os desafios previstos sejam grandes para 2022/23, o produtor brasileiro está mais preparado. O jogo ainda está aberto e os resultados obtidos pelos agricultores nos últimos três anos, apesar de instabilidades que afetaram uma parte da produção, trazem a percepção de que o setor vai continuar em expansão produtiva, trazendo consigo o desenvolvimento de todo o aparato necessário para sustentar esse crescimento. Somado a isso, algumas soluções merecem atenção na próxima temporada. Uma delas são as novas tecnologias da era digital para o suporte no campo e nas indústrias, como Internet das Coisas (IoT). Além disso, novos formatos de crédito via mercado de capitais para ampliação dos investimentos (desde as propriedades rurais até as indústrias e comércio) estão se consolidando como opção aos produtores.